Odontologia – Esterilização de Peças de Mão ainda é um desafio a ser vencido
O recente editorial escrito na AJIC, relembra a principal justificativa para a esterilização de peças de mão em geral: esses artigos comprovadamente tornam-se contaminados durante o uso! Mesmo com a presença de válvulas anti-refluxo pode voltar contaminação do paciente anterior para a cavidade oral do novo paciente (isso se todo o procedimento de limpeza e esterilização não for realizado).
Editorial comenta artigo brasileiro
Há quase um ano a mesma revista publicou um artigo de uma pesquisa de autores brasileiros demonstrando a ineficácia da desinfecção externa das canetas de alta rotação utilizando-se álcool a 70% – procedimento amplamente utilizado no Brasil com vistas à desinfecção do instrumento. O editorial lembra que a pesquisa em questão não testa a contaminação interna. Porém enfatiza que os pesquisadores brasileiros reforçaram a necessidade de autoclavar esses instrumentos.
Leia a pesquisa na integra- Site AJIC disponibiliza acesso integral
Por que é tão difícil obter a aceitação da esterilização desses instrumentos?
O custo desses instrumentos é certamente um fator inibidor para a esterilização de peças de mão, e mais ainda o receio que os instrumentos se danifiquem ou que a sua vida útil diminua. Na verdade o que demanda é um investimento inicial para ter um maior número de instrumentos que permita o processamento. O cuidado constante com limpeza e lubrificação adequadas acaba prolongando a vida util ao invés de encurtá-la. Esse foi o depoimento que colhi de alguns cirurgiões-dentistas que sistematicamente realizam a esterilização desses instrumentos para cada paciente. Mas o que mais pesa, talvez seja a falta de entendimento do risco que estão expondo seus pacientes. Seria muito interessante uma pesquisa específica comparando a vida útil, mas creio que não passaria em nenhum comitê de ética, usar um grupo controle sem esterilizar …
Infelizmente, muitos profissionais da saúde ainda custam a acreditar no que não podem ver com seus olhos… Sugiro a leitura da bibiografia indicada nos dois artigos que trazem mais comprovações a respeito da contaminação interna desses instrumentos.
A recomendação para esterilização de peças de mão em Odontologia é do Guia do CDC de 1993!
Liliana Junqueira de P.Donatelli
Leia mais sobre o assunto no Blog:
Pesquisa mostra ineficácia da desinfecção de canetas de alta rotação com álcool 70%
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5 Comentários
Muita gente pegou e está pegando o vírus da covid em clínicas e consultórios odontológicos por falta de esterilização correta das turbinas e brocas dos dentistas !!!!
Correto???
Tô precisando ir mas…tô com muito medo !!!???
Olá Mary
Até o momento não há qualquer estudo que demonstre essa afirmação. A transmissão cruzada é sempre um risco a ser considerado e todas as recomendações tem por objetivo evitá-la. Temos muitos profissionais comprometidos com essas recomendações. Por esse motivo, converse com o seu dentista e solicite que ele explique para você quais os cuidados de Biossegurança que ele realiza. Ir ao dentista é necessário para a sua saúde!
Liliana
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