Por que os cientistas ainda não conseguiram produzir uma vacina contra hepatite C?
A Hepatite C é uma as epidemias que tem feito muitas vítimas anualmente em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde estima que 700.000 pessoas morrem por ano em decorrência da doença. Mesmo com avançadas técnicas de manipulação e engenharia genética, os cientistas até hoje não encontraram uma vacina contra hepatite C.
Fatos sobre Hepatite C
- Causado pelo vírus HCV pode causar infecção aguda ou crônica, variando os sintomas de leves, graves e imperceptíveis podendo durar a vida toda;
- 130 a 150 milhões de infectados no mundo;
- 700 mil é a estimativa de mortes por ano em todo o mundo em decorrência da doença
- Transmissão sanguínea, cujas formas mais frequentes: injeções inseguras, esterilização inadequada de material odonto-médico hospitalar, e transfusão de sangue e sub-produtos não controlados;
- Cirros hepática e câncer acomete um número significativos dos pacientes ironicamente infectados
- Tratamento com drogas anti-virais é capaz de curar cerca de 90% das pessoas infectadas por hepatite C; reduzindo o risco de morte por cirrose e câncer, entretanto o acesso ao tratamento e ao diagnóstico é reduzido;
- Não há vacina disponível contra a Hepatite C até o momento;
- No Brasil, o Ministério da Saúde estima que sejam 3 milhões de infectados por Hepatite C* – e maioria não sabe. (*estimativa em 2014)
Como são produzidas as vacinas?
Há basicamente três gerações de vacinas:
- 1a Geração : As vacinas de primeira geração representam aquelas que empregam na sua composição o agente patogênico na sua constituição completa, mas submetido a tratamentos que levam à inativação ou à atenuação dos micro-organismos. Exemplos:vacinas voltadas para a prevenção da coqueluche ou pertússis (vacinal celular), as vacinas contra varíola, poliomielite, sarampo, rubéola, adenovírus, entre outras.
- 2a Geração: vacinas acelulares que empregam toxoides (toxinas purificadas e inativadas por tratamento químico), proteínas e polissacarídeos purificados, como as antitetânica, antidiftérica, hepatite B e as vacinas voltadas para o controle da meningite meningocócica e da pneumonia.
- 3a Geração: vacinas que empregam a informação genética do patógeno responsável pela codificação de proteínas que representem antígenos relevantes para a proteção. Em geral chamadas de vacinas de DNA ou fênicas.
Os pesquisadores do TSRI (The Scripps Research Institute) ficaram instigados com o fracasso no desenvolvimento para a vacina contra Hepatite C, e investigaram a sua causa. Eles analisaram então a versão sintetizada em laboratório de uma proteína viral chave. Essa proteína tem sido usada com a finalidade de induzir a produção de anticorpos contra o vírus da Hepatite C.
O que surpreendeu os cientistas é que essa proteína em particular era extremamente flexível. Com isso ela se apresenta de diferentes formas induzindo uma grande variedade de anticorpos, tornando todo o esforço inútil.
Agora o problema é encontrar outra versão menos flexível da proteína viral que induza a uma produção de anti-corpos adequada.
Vamos torcer!
Liliana Junqueira de P. Donatelli
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Para saber mais:
Organização Mundial da Saúde- Hepatite C
Ministério da Saúde
Biotecnologia aplicada ao desenvolvimento de vacinas