Segundo um estudo publicado há alguns dias, cientistas europeus afirmam ter testado com sucesso uma vacina contra Hepatite C em animais.
Atualmente não há uma vacina disponível contra a doença que já é considerada a epidemia do terceiro milenio, pela quantidade de infectados no mundo, cerca de 200 milhões, segundo a Organização Mundial da Saúde.
O grande desafio de produzir a vacina contra o vírus da Hepatite C, é a sua capacidade de produzir variantes depois que penetra no hospedeiro e o sistema imunológico começa a ataca-lo.
As vacinas tradicionais, feitas com vírus atenuados ou inativos, são bastante eficazes para induzir a formação de anticorpos específicos, porém nesse caso a técnica é arriscada uma vez que o procedimento pode induzir à formação de vírus mutantes e capazes de se reproduzir, depois de introduzidas no organismo que deveriam proteger.
A estratégia conduzida pela equipe liderada pelo pesquisador francês, David Klatzmann da Universidade Pierre et Marie Curie em Paris, foi criar partículas similares ao vírus para produzir a vacina, que foi testada em ratos e macacos. Ela se mostrou eficaz para induzir a produção de anticorpos, e o mais importante, contra os principais sub-tipos do vírus da Hepatite C.
A técnica ja foi empregada na produção de outras vacinas, como por exemplo a do HPV que também possui variantes. A esperança é que além da vacina contra Hepatite C, a técnica também possa ser utilizada em outros vírus com habilidade similar, como o vírus da dengue e o HIV.
O próximo passo será testar o comportamento da vacina em humanos.
Alguns cientistas se mostrarem céticos perante os resultados, uma vez que naturalmente o vírus da hepatite C só infecta humanos e chimpanzes (que não foram utilizados nesse estudo).
A produção de uma vacina eficaz contra a doença traz uma luz num cenário onde cerca de três milhões de novos casos ano são acrescentados a cada ano aos 200 milhões de infectados por Hepatite C no mundo. Segundo a OMS, os países com maior prevalência na populacional são: Egito ( 22% ), Paquistão (4%) e China ( 3,2%).
A contaminação pode ocorrer atráves de transfusão de sangue não testado, compartilhamento de agulhas no uso de drogas, instrumentos médico-odontológicos ou de beleza (alicates de cutícula ou artigos de tatuagem) incorretamente esterilizados, ou ainda através de acidentes pérfuro-cortantes com sangue contaminado pelo vírus.
A doença é silenciosa podendo evoluir para forma crônica, e ainda causar degeneracão hepática, cirrose e/ou câncer.
Até o momento a prevenção é o melhor remédio. Lembrando que já existe tratamento, embora nem sempre indicado ou eficaz. O médico especialista deverá sempre ser consultado para a escolha do melhor tratamento para cada caso.
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