Você ja tinha ouvido falar da doença de Lyme?
A doença de Lyme é transmitida por um vetor, o carrapato e causada por uma bactéria Borrelia burgdorferi. A bactéria tem muitas variações e ainda pouco se sabe sobre a doença. No Brasil foi diagnosticada pela primeira vez em 1992. A forma brasileira difere um pouco da que é causada pela mesma bactéria na América do Norte e na Europa.
Entenda mais sobre a Doença de Lyme:
Trata-se de uma doença de notificação compulsória, assim como a Febre Maculosa que também é transmitida por carrapatos. Uma das espécies de carrapato, o Amblyomma cajennense é transmissor das duas doenças.
Já foram detectados casos em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e no Rio Grande do Norte.
Para transmitir a doença, é preciso que o carrapato fique grudado à pele por pelo menos 24 horas. A manifestação da doença se dá, de forma geral, entre três e 32 dias após a exposição aos carrapatos. No entanto, é muito difícil definir um período para o início dos sintomas, porque existem casos em que eles aparecem até anos mais tarde.
Para se livrar do carrapato
Por isso uma boa idéia é quando você encontrar um carrapato, que você o retire. Mas existe uma técnica correta para isso. Não é para colocar fogo no bichinho, muito menos espremer na sua mão. Essas atitudes equivocadas podem levar facilitar a entrada de microrganismos no seu corpo.
Esta técnica você pode usar para qualquer carrapato, mesmo sem pensar exatamente nesse doença.
Veja como o CDC (imagem acima) ensina a fazer:
- Localize o carrapato
- Utilize um pinça limpa e desinfetada
- prenda a porção anterior do animal e puxe, jogando o carrapato em um recipiente pequeno com álcool para depois ser descartado no lixo (nesse caso deverá ter tampa). Você também pode fazer isso e depois jogar o animal morto no vaso sanitário e dar descarga. Em ambos os casos certifique-se que o animal esta morto.
Sintomas
São bem variados e nem sempre muito fácil de identificar o doença. Geralmente, similares ao da grupe e pode incluir erupções cutâneas. O eritema migrans é uma mancha arredondada e que muda de lugar, e quando aparece é bem característico. Quando identificado precocemente e iniciado o tratamento com antibióticos, os sintomas são eliminados na maioria das vezes. Entretanto é bastante comum o inicio tardio ou inadequado da medicação. Isso pode levar às forma crônicas da doença que é complicada de ser tratada e apresenta formas debilitantes para o doente. As manifestações so muscoesqueléticas, neurológicas psiquiátricas e cardíacas.
Qual o tamanho do problema?
Esse também é um desafio. Só nos EUA foram identificados cerca de 26000 casos em 2016 com mais de 10000 prováveis. Esses são os números notificados que o próprio CDC acredita serem 10 vezes maiores. Em uma publicação de 2013, o centro de pesquisas reconhece a falha dos exames em diagnosticar a doença.
A força tarefa
O pesquisador Christian Perrone, autor de vários artigos sobre a doença, publicou recentemente um livro que incentivou os governos a apoiar a idéia. Lançado nos EUA na First International Zika Conference. Pelas formas debilitantes que podem ocorrer e os números importantes, foi criada uma força tarefa internacional (França, EUA e Canadá – com possível entrada de Israel) para estudar a fundo a doença, seu agente causador e o o vetor. O primeiro objetivo é entender melhor o agente etiológico. Os pesquisadores imaginam que pode haver mais de um, ou uma interação deles. Depois aprimorar o tratamento e finalmente buscar por uma vacina.
Vamos torcer para os cientistas!
Liliana Junqueira de P.Donatelli
Fontes: