Portaria do Ministério do Trabalho e Emprego – Reforça as ações de prevenção.
Conheça o texto na íntegra:
Prevenção de Acidentes legislação MTE
Algumas sugestões básicas de PREVENÇÃO- antes do acidente…
1-Vacine-se contra Hepatite B- realize Anti-HBs para verificar imunidade
2- Para reencapar agulhas de anestesia odontológica use o sistema de pesca., ou utilize dispositivos para re-encape.
3- Distribua coletores de pérfuro-cortantes próximos aos locais de geração desses resíduos.
4- Instale os coletores de pérfuro-cortantes em suportes, escolha um local protegido e que a pessoa (verifique com o profissional com a menor estatura) que fará o descarte visualize o interior.
5- Treinamento- palestras- educativas, dinâmicas, conversas. Capacitação é fundamental!
Acidente e agora?
Acidentes de trabalho com material biológico
Exposição a sangue e outros materiais biológicos potencialmente contaminados com o HIV e/ou os vírus das hepatites B e C em profissionais da saúde são considerados EMERGÊNCIA MÉDICA.
Muitos casos são negligenciados em virtude de desconhecimento e da aparente pouca gravidade do ferimento,
É importante ressaltar que para se obter maior eficácia, as medidas profiláticas para evitar a infecção pelo HIV e hepatite B necessitam ser iniciadas logo após a ocorrência do acidente. O ideal é iniciar – quando indicado- em até duas horas a profilaxia.
1- Primeiros Cuidados :- Imediatamente depois da ocorrência do acidente
a) Em exposições percutâneas ou cutâneas ( pele íntegra, não íntegra ou quando há perfuração da pele) lavar a região com água e sabão abundante. Pode ser neutro ou anti-séptico.
b) Em caso de exposição em mucosas ( oral ou ocular), lavar com água em abundância ou soro fisiológico.
O QUE NÃO FAZER:
Utilizar soluções desinfetantes/esterilizantes ou irritantes como éter, hipoclorito de sódio, glutaraldeído SÃO CONTRA-INDICADOS. Não esfregue, friccione, esprema ou sugue a região, nem aumente a área exposta. Não utilize escovas, ou esponjas.
2- Busque atendimento imediatamente- ( Procure ter um protocolo escrito com o local mais próximo de você – confirme por telefone antes de sair )
No seu atendimento, serão avaliados:
Tipo de exposição que ocorreu e material biológico envolvido
Avaliação de informações epidemiológicas, clínicas e sorológicas do paciente-fonte (você também deve estar preparado para fazer a abordagem- ele não é obrigado a acompanhar o acidentado, nem obrigado a permitir a coleta de exames), quando conhecido. A demora dos resultados dos testes sorológicos não deve ser motivo para atraso do inicio das medidas profiláticas. Para exposições envolvendo paciente-fonte desconhecido (material no lixo, etc…), serão analisados dados epidemiológicos para se avaliar a possibilidade de infecção quanto a HBV, HCV, HIV. Seringas ou agulhas descartadas não devem ser testadas para avaliação de contaminação viral.
Sua avaliação (trabalhador de saúde acidentado) – será investigada a história clínica e epidemiológica para estas infecções veiculadas pelo sangue (HIV, HBV, HCV) e também a imunidade relacionada à infecção pelo vírus da hepatite B (p.ex. vacinação prévia, esquema de vacinação utilizado, determinação de resposta vacinal).
Será decidido se estarão indicados:
Medidas de prevenção pós-exposição para hepatite B – vacina e gamaglobulina hiperimune
Medidas de prevenção pós-exposição para HIV – medicamentos anti-retrovirais
Acompanhamento clínico e epidemiológico para HIV, HBV ou HCV
É bom lembrar que até o momento, não há nenhuma medida profilática possível de ser instituída para hepatite C . Os trabalhadores da saúde potencialmente expostos ao vírus da hepatite C deverão ser acompanhados clinica e laboratorialmente. No caso do trabalhador vir a se contaminar (infecção ocupacional pelo HCV), pode vir a ser indicado o tratamento precoce da infecção.
As profilaxias pós-exposição reduzem o risco, mas não são totalmente eficazes. Assim sendo , a prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais biológicos é a principal e mais eficaz medida para evitar a transmissão do HIV e dos vírus da hepatite B e C. Ações educativas permanentes e medidas de proteção individual e coletiva são fundamentais.
( modificado do texto elaborado pela coordenação do www.riscobiologico.org)
Liliana Junqueira de P.Donatelli
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