Jovens médicos, estudantes das faculdades de enfermagem, medicina, bombeiros e muitos professores da FMB-UNESP vieram aprender mais sobre o assunto.
Abrindo o evento Dr Carlos Magno, professor adjunto da Infectologia da FMB. abordou a fisipoatologiado Ebola e trouxe um breve resumo da epidemia em curso. O professor também desfez alguns mitos relacionados à doença e destacou a importância de conhecermos os fatos assim como os suspeitos. O infectologista reitera que esta epidemia foi especialmente devastadora, pois saiu das pequenas comunidades negligenciadas e alcançou favelas de grandes cidades em países que enfrentam grandes dificuldades. Ainda assim, a alta letalidade do vírus contribuiu para conter a sua disseminação.
O Prof. Dr. Carlos Álvarez Leiva, de Sevilha- Espanha, foi a estrela da noite. Especialista na gestão de crises e desastres, o médico espanhol esteve reunido com os colegas brasileiros e amanhã ainda estará em Botucatu, seguindo para evento no Hospital Albert Einstein em São Paulo. Dr. Carlos já esteve várias vezes na África e este ano em Serra Leoa, tendo retornado à Espanha há quatro meses.
Na palestra de hoje, o foco foi o gerenciamento do transporte do paciente. Organização, Logística, e Capacidade de dar assistência ao paciente com foco na resposta sanitária adequada para todos.
Inicialmente reconhecer o problema determinando a compatibilidade dos sintomas com a doença. É fundamental estabelecer uma relação de confiança com o paciente, para fazê-lo entender a necessidade de isolamento além de outras medidas que visam a proteger a todos.
O experiente profissional recomenda:realize somente os procedimentos estritamente necessários – isso diminui o risco de contaminação. Porém, planeje: cuidado para que o paciente sinta-se o mais confortável possível e restrinja o acesso de profissionais ao mínimo com o máximo de segurança.
Dr. Leiva ainda alerta, se n1ao estiver treinado, não execute o procedimento. Palestras como as de hoje são muito importantes, informa ele, porém são apenas informativas. Profissionais que decidem lutar contra o vírus, devem receber capacitação de pelo menos 60 horas com treinamento específico para as diversas situações.
O professor informa que a água sanitária tem boa ação sobre o vírus e tem sido fundamental para conter a disseminação do vírus:
- quando usada em toalhas embebidas na solução ou em sparys,para descontaminar os EPI antes da sua retirada que deve ser realiza em duplas,
- quando usada em toalhas embebidas, sobre grandes quantidade de fluidos e secreções corporais chegam ao ambiente na forma de fezes, vômito ou sangue,
- em bacias para que os profissionais da saúde pisem na solução,
Nem Pânico nem Descaso – ensinaram os dois Carlos no dia de hoje:
Profissionais da saúde que cuidam dos pacientes decididamente são um grupo de risco, e por esse motivo, a capacitação é fundamental!
Muito simpático Dr. Carlos Leiva, conversou muito comigo antes do início da sua conferência e fez a gentileza de me permitir um “selfie”
Parabéns FMB-UNESP e aos dois professores que certamente contribuíram bastante para aumentar o conhecimento desta que tem sido a epidemia do medo!
Liliana Junqueira de P.Donatelli
Relacionado
1 Comentário
ESPETACULAR ESTA INICIATIVA DEVERIA SE ESTENDER POR OUTROS ESTADOS