Máscaras com Válvulas – Por que não usar para prevenir COVID-19? Nesse post você vai entender a restrição.
Tipos de Máscaras
Antes de abordar o assunto do título vamos entender melhor quais são os principais tipos de máscaras usadas para prevenir a transmissão de COVID-19:
Tipo de máscara | Quem deve usar | Finalidade |
Tecido | População em geral | Controle de fonte |
Cirúrgica | Profissionais de saúde que não estejam no atendimento direto de pacientes suspeitos de COVID-19 ou de atendimentos odontológicos Profissionais de odontologia que estejam fora da sala de atendimento clínico | Controle de fonte e proteção do usuário |
Respiradores PFF2/N95/KN95 de uso Hospitalar (sem válvula) | Profissionais de saúde que não estejam no atendimento direto de pacientes suspeitos de COVID-19 ou de atendimentos odontológicos | Proteção maior do Usuário e Controle de Fonte |
É Respirador ou Máscara?
Os respiradores são considerados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) construídos para proteger o usuário contra diferentes riscos. Por esse motivo, devem possuir CA (Certificado de Aprovação do Ministério da Economia). É necessário demonstrar a sua capacidade de proteção. Se forem de uso hospitalar, também devem possui registro na ANVISA (Agência Nacional Vigilância Sanitária). Além dos respiradores hospitalares, há modelos para construção civil, industria, serralherias, entre outras finalidades.
Há uma grande variedade de respiradores, que durante a pandemia foram adquiridos para a prevenção da COVID-19 sem o devido cuidado quanto à escolha.
Máscaras com válvulas – Por que não?
Bem, em primeiro lugar, vamos corrigir o termo: respirador é denominação adequada desse EPI. No atual momento, os respiradores com válvula não devem ser utilizados por profissionais de saúde. Isso porque eles próprios podem ser assintomáticos e transmitirem o SARS-CoV-2 para os seus pacientes. Conclusão – ao usar um respirador com válvula você coloca o seu paciente em risco.
Porque há respiradores com válvulas?
Os respiradores com válvulas são mais confortáveis porque não filtram o ar da expiração do usuário, facilitando a respiração. Esses respiradores também são disponíveis para a área hospitalar. Podem ser utilizados em momentos nos quais não haja necessidade de controlar a fonte. Vamos esclarecer melhor, no post : Controle Universal de Fonte, explicamos esse conceito e a importância do uso universal de máscaras por todas as pessoas como forma de evitar a transmissão do coronavírus.
Em tempos normais, fora de pandemia, não é esperado que um profissional de saúde seja portador de uma doença com transmissão respiratória. Por esse motivo, existe esse tipo de EPI. Antes da pandemia de COVID-19 um profissional de saúde poderia utilizar um respirador PFF2 hospitalar com válvula para realizar um atendimento de paciente com uma com doença transmissão por aerossóis – por exemplo tuberculose ativa. Em todos os cenários, esses EPI não são recomendados para o uso em procedimentos cirúrgicos uma vez que não há qualquer filtração do ar expelido.
Falta de EPI – E agora?
A dificuldade de compra de EPI trouxe muitos produtos inadequados para serem utilizados. A OSAP realizou alguns webinars , com Eve Cuny e Kathy Eklund, para explicar mais sobre esse assunto. Abordou a descontaminação, uso extendido e reuso desses EPI como estratégias em caso de contingência e crise. A recomendação principal é que você planeje muito bem os atendimentos. Por exemplo, evitando os procedimentos eletivos se você tiver problemas para comprar EPI adequados, de manter o seu estoque em quantidade e qualidade necessárias para garanti-los para todos os profissionais.
Por esse motivo, reflita e se organize. Não deixe faltar EPI, proteja sua equipe e seus pacientes.
Liliana Donatelli
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