Estudo comprova que é o aparelho torna-se mais contaminado que a palma das mãos após um único exame.
Pense em um médico e você automaticamente vai se lembrar de um estetoscópio pendurado no pescoço. A contaminação desses equipamentos e o seu papel na disseminação de microrganismos nas instituições de saúde sempre foi uma questão a ser investigada. E confesso, sempre me incomodou.
Pesquisadores suíços se propuseram a analisar a questão e realizaram uma pesquisa da seguinte maneira ( para detalhes veja a pesquisa na íntegra no link):
1 – utilizando estetoscópio estéril
2 – Exame físico padronizado em paciente no Hospital universitário em Genebra, realizado por profissional médico experiente
3 – Análise microbiológica de quatro regiões das mãos (duas nas palmas), dorso e ponta dos dedos da mão dominante e duas regiões do estetoscópio: diafragma e o tubo na região diretamente em contato com a mão. As amostraram colhidas após um único exame padronizado e descrito na pesquisa, por profissionais experientes.
Os resultados apontam que o diafragma é o local mais contaminado que todas as áreas das mãos com exceção das pontas dos dedos. Isso é válido tanto para microrganismos não selecionados, quanto para MRSA.
Clique no video para assistir ou no link para acessar a íntegra do estudo (ambos em inglês).
Pesquisa íntegra Hospital Suíça
O que podemos concluir é que é uma contaminação não negligenciável e que merece um protocolo de limpeza que não comprometa o equipamento, além de estudar até onde isso vai influenciar na disseminação de infecções hospitalares.
Sugiro a leitura de um outro artigo, de pesquisa realizada no Brasil mostrando a contaminação por microrganismos resistentes em estetoscópios. Embora o desenho do experimento seja diferente é uma outra abordagem sobre o assunto.
Pesquisa em Hospital Pediátrico Brasil
Liliana Junqueira de P. Donatelli
2 Comentários
Obrigada Liliana 🙂
Compartilhei no Face, Twitter e em 4 grupos: usuários/CNS, ONGs Aids e nos dois e-groups de ONGs de hepatites virais e transplantes
Abs
Obrigada Nádia. É sempre muito bom contar com pessoas ativas como você na luta contra as hepatites!Abraços e saúde!
Liliana