Dia Mundial da Luta contra a Hanseníase.
“A hanseníase, ainda é considerada um problema de saúde pública no Brasil, ocupa o segundo lugar no ranking mundial em número de casos, só perdendo para Índia.
A estimativa do Ministério da Saúde é de que em 2013 tenham sido registrados entre 30 mil e 33 mil casos no país, nesses registros estão incluídos casos de crianças e adolescentes com menos de 15 anos. A redução do número de casos de hanseníase em menores de 15 anos é prioridade no Brasil, sendo o principal indicador de monitoramento da endemia. As regiões mais atingidas são Norte, Nordeste, Baixada Fluminense, regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte e Norte de Minas Gerais.
Existem diferentes providencias sendo tomadas para eliminar essa doença crônica, como por exemplo, o Dia Mundial da Luta contra a Hanseníase, que acontece todo ano, no último domingo de janeiro.
A hanseníase é uma doença crônica granulomatosa, de notificação compulsória e investigação obrigatória, causada pelo Mycobacterium leprae, pode infectar grande número de indivíduos, mas poucos adoecem, devido a sua baixa patogenicidade e a resistência natural do indivíduo. A doença pode ser transmitida pelas vias áreas superiores de uma pessoa sem tratamento.
Atinge os nervos e a pele, provoca manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, ressecadas com sensação de formigamento e dormência em qualquer parte do corpo, porém as extremidades são os locais de preferência. Existe diminuição da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Em alguns casos, pode haver diminuição da força muscular.
A HANSENÍASE TEM CURA quando o diagnóstico é realizado de forma precoce e tratada adequadamente, caso contrário pode causar deformidades nos olhos, mãos e pés. O tratamento é gratuito, o medicamento é fornecido na Rede Básica de Saúde e a duração varia de 6 a 24 meses dependendo do caso.
O Instituto Lauro de Souza Lima, localizado em Bauru/SP é um centro de referência na área de Dermatologia Geral e, em particular, da Hanseníase para a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde – OMS. Hoje a instituição tem um dos importantes acervos da área de Saúde Pública do Estado de São Paulo, o Museu do Instituto “Lauro de Souza Lima”, antigo asilo-colônia “Aimorés”, o acervo científico é o maior da América Latina, em hanseníase. A Instituição participa durante o ano inteiro de campanhas educativas para profissionais, população e escolas. E no mês de outubro essas atividades educativas são ainda mais intensas, seguindo as determinações do Ministério da Saúde.”
A hanseníase ainda é cercada de preconceito e medo. Hoje temos muitos recursos mas vencer essas barreiras é o primeiro passo.
É importante também que todo profissional da saúde esteja atento aos sintomas para eventualmente alertar o paciente, ainda que o motivo da consulta não seja esse.
Agradecemos Dra. Heloísa pelos esclarecimentos e esperamos que eles possam ajudar mais pessoas a serem diagnosticadas e tratadas.
Liliana Junqueira de P.Donatelli