Guiné, Libéria, Serra Leoa, e Nigéria : 1779* casos 961 mortos – maior surto da doença em 40 anos!
Ebola é uma febre hemorrágica que de tempos em tempos aparece de forma avassaladora na África. O vírus ebola é transmitido por contato direto com sangue, líquidos biológicos ou com a pele de pessoas ou animais infectados. A transmissão não ocorre pela água ou pelo ar. O vírus provoca febre caracterizada por hemorragias, vômitos e diarreia. Seu índice de mortalidade varia entre 25% e 90%, o que vírus acaba por limitar a disseminação da doença.
A epidemia, desta vez, traz algumas diferenças, uma delas foi atingir cidades grandes, como por exemplo Lagos na Nigéria.
Embora a OMS não tenha decretado quarentena, algumas restrições já começam a acontecer. A Emirates, uma grande companhia área que faz vôos regulares para várias cidades do continente africano, suspendeu os vôos para as áreas afetadas.
Três pacientes infectados deixaram a África e voltaram para seus países para tratamento: um missionário espanhol e mais dois americanos. Nos Estados Unidos, o FDA (Federal Drug Bureau) responsável entre outras atividades, pelo registro e permissão de uso de medicamentos, liberou parcialmente a medicação desses pacientes com drogas experimentais na tentativa de debelar o vírus.
A boa notícia é que o vírus não se propaga pelo ar. Mas há muitas complicações, os doentes vomitam e esse fluido é infectaste, assim como outros fluidos corporais. É considerado um vírus do nível 4. Isso também é mais uma dificuldade de encontrar vacina ou tratamento, pois o laboratório de pesquisa tem que ser de Biossegurança 4 – difíceis de lidar, ter a sua construção e funcionamento aprovados.
Na África, há mais um complicados cultural, pois durante o cerimonial fúnebre os parentes e amigos lavam os corpos dos mortos o que pode contaminar os sobreviventes.
Medo, Fadiga e Estress – Atrapalham os dedicados profissionais da saúde à frente da luta contra o Ebola na África
Os profissionais da saúde, mesmo os muito treinados, tem sofrido muito nas frentes de combate. É uma batalha diária. Turnos semanais de 90 horas, com pouco descanso num calor escaldante com EPI lunares.
Você já experimentou trabalhar nessas condições? E a tristeza de perder amigos queridos para o vírus. Um dos médicos, contou em entrevista que tem sido o mais difícil de que todos os surtos que ele já enfrentou, também pela quantidade muito grande de pacientes a serem atendidos, com cada vez menos profissionais da saúde, alguns doentes outros com medo.
Internacionalmente vemos os esforços para distribuir as informações e treinar profissionais a diagnosticar a doenças entre os suspeitos e que estejam preparados para tomar as medidas cabíveis em caso de necessidade.
No Brasil o laboratório Evandro Chagas no Pará e a referência para exames dos casos suspeitos. Até o momento, no Brasil não há nenhum caso suspeito.
Saiba Mais sobre vírus e doenças emergentes em:
http://www.fiocruz.br/biossegurancahospitalar/dados/material2.htm
* Dados do CDC (Centres for Disease Control and Prevention) em 08 08 2014.
Veja mais informações dadas pelo epidemiologista panamenho Dr. Eddy Cabrera que autorizou a publicação aqui no Blog Biossegurança, a quem eu formalmente agradeço a generosidade
( em espanhol acima) e fiz a tradução ( abaixo)- se houver alguma sugestão para melhorar, é só me enviar prelo e-mail
É esperado que o vírus não se espalhe fora da Africa. Tomara!!!!
Liliana Junqueira de P.Donatelli
1 Comentário
Obrigada pelas informações.