Instrumentos apreendidos pela polícia na casa do prático.
Nesta sexta -feira dia 20, a polícia civil em conjunto com o Conselho Regional de Odontologia do Pará, fecharam um consultório odontológico operado por um prático, profissional não habilitado para exercer a profissão.
No estabelecimento precariedade era a palavra chave: estufa, equipamentos antigos, enferrujados, instrumentos em mau estado de conservação e material de consumo vencido eram utilizados para os procedimentos odontológicos. Além das próteses totais anunciadas em placas pelo bairro, o infrator também fazia extrações dentárias e outros procedimentos invasivos. É assustador imaginar as possibilidades de transmissão de doenças num ambiente como esse.
Segundo o prático, que atuava há mais de 20 anos, a atividade foi ensinada pelo pai que também exercia a profissão. Ele tentou esquivar-se afirmando não saber ser necessário o registro no CRO para exercer a profissão. O preço das consultas chegava a R$50,00- mais do que alguns convênios pagam* a dentistas formados registrados, e em dia com a vigilância sanitária!!!
Todos os equipamentos e materiais foram apreendidos. Segundo o presidente do CRO-PA Roberto Pires, a entidade recebe cerca de 15 denúncias por mês.
É incrível que nos dias de hoje ainda nos deparemos com situações como esta. Os práticos da odontologia tiveram seu tempo. Com o passar dos anos, muitos deles acabaram se profissionalizando, fazendo uma faculdade de odontologia e se regularizando.
É dever também da população estar alerta! Para isso a informação é fundamental, para que o paciente seja um consumidor crítico e saiba diferenciar um bom profissional daquele que nem habilitado esta.
Precisamos também de políticas públicas que incentivem os nossos jovens a partir para localidades mais distantes dos grandes centros onde há poucos profissionais dentistas, e a população nem sempre tem uma opção para um atendimento odontológico digno e acaba nas mãos de pessoas não habilitadas.
A nossa idéia em divulgar esse tipo de notícia é realmente de alerta. Biossegurança também é combater o exercício ilegal da profissão – pessoas incapacitadas que colocam a saúde da população em risco.
* Esta informação foi dada a mim verbalmente por alguns dentistas pertencentes a convênio odontológico que se mostravam insatisfeitos com as tabelas utilizadas pelas empresa. Poderá não ser a realidade de todas as empresas odontológicas.
Informações colhidas Na Central de Notícias do Governo Pará.
Comentários Liliana Junqueira de P. Donatelli
2 Comentários
Esses procedimentos eram muito comuns até a metade do século vinte, ou até mesmo os anos 70, porém, na atualidade eles só são mais comuns em locais isolados, em que não há profissionais habilitados.
Considero que os setores pertinentes de fiscalização profissional como Vigilância Sanitária e Conselhos Regionais devem estar atentos para os locais mais inóspitos quando ao exercício ilegal da profissão odontológica.
Concordo Maria Cristina. Acredito também que os pacientes hoje estão mais críticos. É sempre bom ficar atento.