Depois de recomendar a não-publicação dos artigos, o Painel Científico Consultivo para Biossegurança Nacional (National Science Advisory Board for Biosecurity, NSABB), órgão do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, volta atrás e afirma que a divulgação dos estudos revisados podem ser uma boa forma de compreender melhor a transmissão do vírus e e melhorar a biossegurança no país.
A versão revisada dos estudos apresenta novos dados, que complementam a primeira versão do estudo. As novas informações sugerem que pelo menos um dos vírus criados no laboratório é menos perigoso do que se acreditava inicialmente.
H5N1 – As pesquisas, realizadas por Ron Fouchier e Yoshihiro Kawaoka, criaram controvérsia em setembro de 2011. Em estudos distintos, os pesquisadores relatavam como haviam criado uma cepa do H5N1 com capacidade de transmissão entre furões pelo ar — esse vírus não é (ainda) transmitido entre mamíferos pelo ar. Em decisão unânime, os membros do Painel sugeriram que as revistas Science eNature (que haviam recebido os estudos para publicação) divulgassem apenas uma versão resumida dos originais.
No comunicado, o NSABB afirma que os dados descritos nos manuscritos revisados “não aparentam fornecer informações que permitiriam o uso imediato da pesquisa de maneiras que se colocaria em risco a saúde pública ou a segurança nacional”.
O comunicado ainda afirma que “novas evidências surgiram que ressaltam o fato de que compreender mutações específicas pode melhorar a vigilância nacional, a saúde pública e a segurança. A cooperação global, crítica para o preparo contra pandemias de Influenza, é baseada no livre compartilhamento de informações e foi um princípio fundamental na avaliação destes manuscritos.”
Fonte: www.veja.com.br
As pesquisas envolvendo manipulação genética são alvo frequente de controvérsias, ainda mais quando se trata de um vírus com uma letalidade considerada alta. A comunidade científica, em sua maioria, foi a favor da publicação dos resultados da pesquisa. O comunicado foi emitido nesta sexta-feira 30 de março.
Comentários: Liliana Junqueira de P Donatelli