A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou que as autoridades de Uganda estão conseguindo conter a disseminação do Ebola, causador de febre hemorrágica de alta letalidade.
O Ebola foi confirmado como causa da morte de moradores de um vilarejo no oeste de Uganda no dia 28 de julho. Houve demora em investigar a presença do vírus porque as vítimas não exibiam os sintomas típicos, como tosse com sangue. Os primeiros sintomas, febre alta, olhos vermelhos e rash cutâneo é comum a muitas outras doenças. Ao menos 16 pessoas morreram.
O vírus é muito infeccioso e mata rápido. A ONG Médicos sem Fronteiras afirmou em comunicado na quarta (1º) que a primeira vítima do surto atual de Ebola foi uma bebê de três meses. Das 65 pessoas que foram ao seu enterro, 15 contraíram a doença.
O Ebola é um vírus da família Filoviridae, RNA vírus, envelopado. Produz febre hemorrágica de alta letalidade (entre 53% a 88%), com envolvimento do sistema nervoso central. Até o momento o vírus esta restrito à África Central. O período de incubação é de dois a 21 dias. Fluidos corpóreos são infectantes assim como as roupas e lençóis utilizados pelos pacientes. Na foto acima a força-tarefa descarta resíduos infectados. A indicação é isolamento por contato, todavia, a transmissão aérea esta sendo avaliada.
Autoridades do CDC (Centers for Disease Control and Prevention dos Estados Unidos), OMS (Organização Mundial da Saúde) e Médicos sem Fronteiras uniram-se às forças locais, na tentativa de conter a propagação do vírus e estudar melhor o novo surto. Foi identificada a variedade Ebola-Sudão, uma das cinco nomeadas de acordo com a área em que foram inicialmente encontradas: Zaire, Sudão, Costa do Marfim, Bundibugyo e Reston.
Segundo a OMS ( Organização Mundial da Saúde):
Todas as pessoas infectadas com o vírus foram isoladas. Autoridades sanitárias do país também criaram uma lista de contatos do Ebola, com 176 nomes de pessoas que tiveram o mínimo contato com quem contraiu o vírus.
As autoridades locais afirmaram ainda que há sinais de otimismo –nove dos 32 pacientes infectados pelo vírus Ebola estão respondendo bem ao tratamento e podem ter alta do hospital em breve.
Entre os 32, cinco são provenientes de uma instituição penal, o que nos leva a pensar em uma disseminação ainda por acontecer. As notícias veiculadas não esclarecem todo o caminho da transmissão da doença.
Esse é o quarto surto do vírus que atinge Uganda desde 2000, quando a doença matou 224 pessoas, incluindo o diretor do hospital onde os paciente foram tratados.