Você já ouviu falar de Candida auris? A nova forma multirresistente a drogas antifúngicas foi detectada em um hospital de Nova Iorque. Nesse post, convidamos os leitores a refletir o porquê do surgimento dos “supermicrorganismos”
Colocamos em destaque esse post inicialmente publicado em 2019 devido à sua notificação em um hospital na Bahia em dezembro de 2020. A publicação inicial desse post foi de abril de 2019.
Fungo é matéria de destaque no “The New York Times”
Durante a última semana o “superfungo” foi destaque em várias mídias. O motivo foi um artigo escrito no “The New York Times”. Segundo o jornal, a ameaça é crescente seja pelo avanço da multi-resistência do microrganismo tanto pela falta de informação pelos órgãos de saúde pública e hospitais.
Fungo resistente dentro e fora do corpo
O artigo ressalta que além do fracasso em debelar a infecção no paciente, o hospital citado na reportagem no qual um paciente foi a óbito depois de 90 dias de internação, encontrou muita dificuldade em eliminar a contaminação do ambiente onde o doente estava internado.
Dessa forma podemos imaginar o risco de transmissão do agente e da possibilidade de novas infecções relacionadas à assistência à saúde.
Candida auris, um microrganismo emergente
A espécie Candida auris é um agente frequente em infecções hospitalares. Foi primeiramente descrito em 2009, de acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention). A resistência desse fungo a pelo menos uma droga está se tornando cada vez mais usual artigo publicado pelo CDC. Desse modo, foi considerado um microrganismo emergente.
De onde vem a multirresistência?
A multi-resistência é fruto da ação do homem sobre o meio em que vive. Há anos os cientistas alertam para o uso indiscriminado de antimicrobianos. A fim de tratar infecções em humanos, para promover o crescimento animal ou de modo abusivo na proteção de plantações (antifúngicos). Todas elas exercem uma pressão seletiva sobre as populações de microrganismos e favorecem o surgimento de cepas multirresistentes. Além disso, paradoxalmente, mais acesso a atendimento médico e a globalização são contribuidores.
Como podemos colaborar?
Primeiramente, no caso de profissionais de saúde, prescrever antibióticos com base em evidências científicas e critérios definidos para cada situação.
Se pacientes, não pressionar os profissionais de saúde a receitar antibióticos.
Realize ações reconhecidas para evitar a transmissão de infecções:
Precauções padrão ou aquelas que forem adequadas a cada caso, como as de contato, por exemplo.
Tem mais alguma sugestão?
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